domingo, 3 de dezembro de 2017

Reproduzo crítica à tese de Taurino Araújo, advogado criminalista famoso, publicada em A TARDE de 1º de dezembro de 2017. 

Taurino Araújo, meu compatriota

Maria Solange Alves de Souza Paula, biblioteconomista



Foto: Taurino Araújo e  Solange Paula na missa em homenagem a São Simão, em São Joaquim.


Recebi a visita de Taurino Araújo, CBJM a 28 de outubro de 2017. Naquela data, a família repetia a devoção a São Simão iniciada em 1746. Na base etimológica, Simão é o silencioso, mas eloquente discípulo de Jesus. Reminiscências sobre o meu saudoso sobrinho, Francisco José de Paula Guimarães, devotado discípulo de Taurino nas aulas de hermenêutica; sobre Parapatingas, onde as missas começaram; sobre Ubatã, donde provêm Taurino e Francisquinho; sobre Itaparica, onde a Fazenda se encontra encravada...

Antes, fui responsável pela confecção da ficha catalográfica do seu PhD: Hermenêutica da Desigualdade, uma introdução às Ciências Jurídicas e Sociais. A partir de olhar exógeno — e depois de assim “ler” tantos outros doutoramentos — posso dizer da genialidade do texto, alçando a desigualdade a conceito jurídico fundamental. Espanta-me que dito constructo seja tão revolucionário para o pensamento universal, tão brasileiro e tão próximo de mim. Por isso, Pierre Bayard (Como falar dos livros que não lemos? Objetiva, 2007) confirma que não precisei ser onisciente para me expressar bem a respeito de vários livros e sobre eles lançar taxionomia para assim sugerir a amplíssima leitura, por parte dos mais diversos públicos, que a obra de Taurino merece.


Diz Agenor Sampaio Neto que “Taurino é tema para doutorado e para samba-enredo”. Itaparica remeteu a João Ubaldo Ribeiro, vencedor do Prêmio Camões, mais importante prêmio da língua portuguesa, em razão do contributo dele para o enriquecimento do nosso idioma. Especificamente, quero lembrar a ampliação de campo realizada por Taurino para se debruçar sobre desamparados e dominados e tornar imprescindível a sua “hermenêutica da desigualdade”, ensina Nelson Cerqueira. Através do “general Patrício Macário”, de Viva o Povo Brasileiro, quero registrar autêntico orgulho compatriota: “Temos de ser tudo, mas antes temos de ser nós, entendeu? Como é seu nome? Tudo, tudo, tudo, tudo! Pssi! Viva o povo brasileiro [viva Taurino Araújo], viva nós!".



Fonte: A TARDE de 1º de dezembro de 2017

Taurino Araújo, “otanjoubi omedetou gozaimasu!”

Hoje reproduzo o excelente artigo que parabeniza Taurino Araújo formalmente, em Japonês e, ao mesmo tempo, descreve sua circulação comunica...